Depois que acabou o ouro de Goiás, restaram a miséria, a beleza do cerrado e a marmelada que dom Pedro II comia no café da manhã IGO E...
Depois que acabou o ouro de Goiás, restaram a miséria, a beleza do cerrado e a marmelada que dom Pedro II comia no café da manhã

Quando acabou o ouro de Santa Luzia, a Luziânia de hoje, restou o marmelo. Com ele, se fazia e se faz até hoje marmeladas vendidas em caixinhas de madeira. Fazia-se também, e já não mais, marmelos cristalizados. Conta-se que as marmeladas chegaram à mesa de dom Pedro II. Boa parte da produção, até hoje, sai do Quilombo do Mesquita.
Os marmelos de Santa Luzia estão nos relatos de Auguste de Saint-Hilaire, o viajante francês que percorreu o interior do Brasil na primeira metade do século 19. Neste 2019, completam-se 200 anos de sua passagem por Goiás.
Havia muita miséria nos arredores das terras que, século e meio depois, viriam a ser o Distrito Federal. Com o fim do ciclo do ouro, os negros viviam na indigência. Preferiam continuar procurando o quase nada que restava no garimpo do Córrego de Santa Luzia a trabalhar nas fazendas em troca de mantimentos.
Fonte: Metrópoles.
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